SÃO VICENTE DE PAULO
Na sua época, a França esteve durante bastante tempo em
guerra e passou por momentos de conflitos internos violentos. O padre Vicente promove e organiza a ajuda às vítimas e vai junto dos responsáveis no poder para se alcançar a paz política e social. Por vezes foi mal compreendido.
Ao deparar com crianças abandonadas pelas suas mães, suscita a colaboração de algumas mulheres e cria a “Obras das crianças abandonadas” para ampará-las e educar. Ocupa-se também da formação dos sacerdotes, pregando retiros de preparação para a ordenação e instituindo seminários.
S. Vicente de Paulo foi verdadeiramente dotado do carisma da caridade mas também do talento da organização. Movia-o o amor de Cristo. Numa das suas muitas cartas recomendava: “Também nós devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar o que Ele fez: cuidar dos pobres, consolá-los, socorrê-los e recomendá-los”. E ainda: “O serviço dos pobres deve ser preferido a todos os outros e deve ser prestado sem demora. Se durante o tempo de oração, tiverdes de levar um medicamento ou qualquer auxílio a um pobre, ide tranquilamente, oferecendo a Deus essa boa obra como prolongamento da oração. Servir um pobre é também servir a Deus. A caridade é a máxima norma, e tudo deve tender para ela; é uma grande senhora: devemos cumprir o que ela manda”.
Para ele, a iniciativa para fazer o bem lhe vinha da observação da realidade. Poderia bem dizer: “Deus deu-me um rico par de olhos para ver à minha volta, um coração para não ficar insensível diante dos sofrimentos alheios e um pouco de inteligência e de vontade para agir em conformidade”. Promoveu a caridade individual e em grupo. Formou pessoas para a exercerem não apenas com amor e sensibilidade mas também de modo competente. E procurou ir às causas do sofrimento e da pobreza, fazendo-se ouvir pelos que detinham o poder e podiam melhorar determinadas situações.
São Vicente de Paulo, Rogai por nós.
Fonte: Canção Nova Portugal
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